sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

2009 começando por 2008

Bom, voltando à questão do que é um jogo afinal de contas, retomo as postagens desse blog em 2009 compartilhando o que li em um livro publicado em 2008, nesses dias de pausa entre as festas de Natal e Reveillon. O livro é The Art of Game Design, de Jesse Shell

No capítulo 3, o autor constrói uma definição do que seria um jogo, em uma frase:

"A game is a problem-solving activity, approached with a playful attitude." (pág. 37)

Tentando aqui uma versão em português beeem livre:

"Um jogo é uma atividade que envolve a solução de um problema por meio da brincadeira."

Aaahhh (risos) Eu sei que a versão beeem livre em português ficou devendo um bocado para o original em inglês, mas é mais ou menos isso aí (mais risos).

Esse conceito de jogo foi elaborado a partir da dissecação e da organização de contribuições de outros autores selecionados por Shell que condensou em sua frase o que ele listou como 10 pontos fundamentais que caracterizariam um jogo (e acredite-me que no texto dele essa condensação é bem mais explicada do que nessa minha tentativa de resumo... outros risos):

1 Jogos são participados de livre e espontânea vontade.

2 Jogos têm objetivos.

3 Jogos têm conflitos.

4 Jogos têm regras.

5 Jogos podem ser ganhos ou perdidos.

6 Jogos são interativos.

7 Jogos têm desafios.

8 Jogos podem criar seu próprio valor interno.

9 Jogos envolvem os jogadores.

10 Jogos são sistemas formais fechados.

Entre as publicações de Huizinga (1938) e Shell (2008) mencionadas até aqui nesse blog, há uma distância de 70 anos, mas, ainda assim, suas definições de jogo se complementam de alguma maneira. Achei que seria interessante colocar a visão sobre o tema indo do campo das idéias (Homo Ludens está mais para uma tese)  para o campo da ação (The Art of Game Design está mais para um manual) e aproximar um historiador de alguém que está ainda tentando fazer a história dos jogos nesse início de milênio. 

Certamente que o primeiro, como o segundo, utilizou-se de contribuições de outros autores para chegar à sua apresentação final do que seria um jogo. E as definições do que seria um jogo, como Shell nos incita em seu livro, já há algumas, mas ainda há outras a serem descobertas. Por hora, no entanto, ficarei com essas duas possibilidades. Quem sabe mais tarde apareça uma terceira, de outras tantas que ainda encontrarei, de outros ou minha mesma, por que não?

Por enquanto, a única coisa que sei com certeza é que a próxima ou próximas postagens serão cabeludas, pois o que sei eu sobre a palavra digital? (Se me permitem... Aaahhh de novo!) Será uma postagem ou serão postagens ainda mais desafiadoras? Tomara que sim! Afinal, como a jogadora que sou, quanto mais problemas para solucionar com o espírito combinado da experimentação e da diversão, melhor! Inté e log out.